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O Sol que abraça a areia que mostra o céu e tua beleza que nunca encontrei mas existe em mim, 2021

Obras da série em processo inspirada no título o sol que abraça a areia que mostra o céu e tua beleza que nunca encontrei mas existe em mim.

 

O trabalho parte de uma corpo-performance na praia, à luz do sol, corpo como pincel-vivo sobre tecido fotossensibilizado em cianotipia* e estendido sobre a areia.

 

Na superfície irregular, a atitude do corpo sobre o tecido cria dobraduras. A exposição ao sol, revela uma silhueta sutil, um corpo em tamanho natural e o registro de um momento efêmero, uma morfologia feminina, vulto fantasmagórico cheio de sinuosidades e rugosidades, uma presença forte como desenho. As duas faces do tecido são expostas, formando registros diferentes em tonalidades de um azul intenso. Frente-verso / verso-frente, dialogam entre si.

 

O tecido leve e fluído, sem acabamento ou costuras, é pendurado do teto por fios de nylon. Ganha presença no mundo e flutua, é simultaneamente matéria presente e resíduo processual.  Submetido às condições de ventilação do espaço, solto e sensual faz sua dança com o vento. Vai e volta, volta e meia vem e vai.


 

*A Cianotipia, é um processo artesanal de impressão fotográfica do século XIX. É a síntese indireta do pigmento Azul da Prússia, através de compostos férricos que combinados resultam em uma substância fotossensível à luz ultravioleta. A exposição à luz provoca o aparecimento do pigmento que forma as imagens azuis.

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